O Papel dos Meios de Comunicação no Cotidiano Escolar
É cada vez maior o uso dos meios de comunicação com objetivos educacionais e de inserção do cidadão à sociedade. A incorporação das novas tecnologias ocorrem numa velocidade tão intensa que precisamos nos manter sempre atualizados para acompanhá-las.
Cada escola possui seu jeito próprio de ser e de educar. Mas, para todas elas, não é mais possível ignorar as novas tecnologias, pois elas podem melhorar a quantidade e qualidade da educação oferecida.
Mesmo com as novas tecnologias e a necessidade de incluí-las no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: acima de tudo, um espaço em que adolescentes se encontram em um ambiente, regulado por alunos qualificados, que oferece proteção contra o mundo e em que todos são tratados com atenção e respeito.
Uma educação em meios pensa a escola como uma via de entrada à cultura e a compreensão do mundo. Ensinar utilizando os meios de comunicação significa explorar suas linguagens como maneira de denominar e organizar a realidade, e entender as mensagens como leituras que tentam explicar como é a sociedade e como funciona.
Ter os meios de comunicação nas escolas, não só com ferramenta de apoio pedagógico, mas também como objetos de estudo, é algo que tem crescido em todo o mundo e ajudado a formar mais e melhores leitores e cidadãos críticos. Para tanto, fizemos uma pesquisa realizada com 130 jovens do Ensino Médio Profissionalizante, na faixa etária de 14 a 17 anos, e em seguida, uma análise propriamente dita sobre o papel educativo dos meios de comunicação, mostrando que o uso das novas tecnologias na sala de aula pode auxiliar os jovens a absorver o impacto com que passam a fazer parte do dia-a-dia dos mesmos. Utilizou-se o material coletado na produção de diferentes gêneros discursivos (Bakhtin, 2003), orais e escritos, aplicado em diferentes mídias por facilitar a interação e exigir do aprendiz ações efetivas no processo de construção do conhecimento.
Utilizou-se a pedagogia de projetos, por facilitar o estudo multidisciplinar, a reflexão, ação e ressignificar os espaços de aprendizagem. Baseados em Hernández (1988), Paulo Freire (1988) e Moran (1995) foram feitas entrevistas com alunos e professores da escola; enquetes veiculadas pelas salas; edição e publicação de vídeos; criação de um blog para registrar todas as etapas do projeto; construção de uma página na web; análise do trabalho com blogs dos professores; construção de uma reportagem dos dados coletados; tudo isso registrado no diário de bordo do projeto.
Os professores da nossa escola percebem a importância de se utilizar os meios de comunicação com o propósito de formar alunos que interpretem melhor a realidade em que vivem para poderem atuar sobre ela; usá-los para ajudar a formar cidadãos e leitores mais críticos, entre outros pontos.
A televisão, o cinema, a internet e demais tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou que desejamos. Se somos pessoas abertas, nos ajudam a comunicar-nos de forma mais confiante, carinhosa; se somos fechadas, contribuem para aumentar as formas de controle. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança.
Segundo o depoimento dos nossos professores, educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Fazem-se adaptações, pequenas mudanças. Agora, na escola, no trabalho e em casa, podemos aprender continuamente, de forma flexível, reunidos numa sala ou distribuídos geograficamente, mas concentrados através das redes de televisão e da internet. Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação não nos servem mais. Por isso é importante experimentar algo novo em cada semestre. Fazer as experiências possíveis nas nossas condições concretas. Perguntar-nos no começo de cada semestre: “O que estou fazendo de diferente neste curso? O que vou propor e avaliar de forma inovadora?” Assim, pouco a pouco iremos avançando e mudando.
No que diz respeito ao depoimento dos alunos “as aulas não se restringem mais a uma sala, ela se amplia e cria novas dimensões: as pesquisas de campo; o laboratório de informática; os outros ambientes da escola, etc.”
Por fim, vemos que a metodologia tradicional, ainda vigente na prática escolar, deve ser repensada, buscando-se conduzir o aprendiz por caminhos que priorizem a interdisciplinaridade e a contextualização.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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